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A mostrar mensagens de fevereiro, 2018

ARREDORES

ARREDORES «Domingo irei para as hortas na pessoa dos outros» Álvaro de Campos No tempo em que havia quintas e hortas em Lisboa, e se ia para lá aos domingos, eu ficava em casa. E em vez de ir para as quintas e para as hortas, em vez de apanhar couves e de ordenhar ovelhas, lia poemas que falavam das quintas e das hortas de Lisboa, como se isso substituísse o ar do campo e o cheiro dos estábulos. É por isso que hoje, quando me lembro dos arredores de Lisboa onde havia quintas e hortas, o que lembro são as horas de leitura de poemas sobre esses arredores, e os passeios que eles me faziam dar aos domingos, substituindo os lugares reais com mais exactidão do que se eu tivesse ido a esses lugares. Visitei, assim, quintas e hortas pela mão do Cesário Verde e do Álvaro de Campos, e soube por eles tudo o que precisava de saber sobre os arredores de Lisboa, que hoje já não existem porque Lisboa entrou por eles e transformou as quintas em prédios e as ovelhas em automóvei

Diálogo de Textos

Os alunos do 10.º F, juntamente com o professor António Caldeira, preparam trabalhos para decorar os interiores da nossa Escola. Trabalhos plásticos que dialogam com o texto poético dos espelhos das escadas! VER ÁLBUM